TURNER, MICHAEL AND RODRIGUES, OTÁVIO. 2007. “THE MARANHÃO VERSION – RADIOLAS AND FLYING PEDRAS IN BRAZIL’S JURASSIC PARK OF REGGAE”. THE BEAT, VOL.26 # 1. PP. 25-27

EN – “The Maranhão Version is an article by Michael Turner and Otávio Rodrigues published in 2007 in the North American magazine The Beat, which specializes in reggae and Black diasporic music. The magazine was an important source for delving deeper into the universe of reggae and Black music for admirers across the globe. The article is one of the first publications in English about reggae culture in Maranhão, reflected in the fresh perspective of the author. Michael Turner was already an experienced contributor to The Beat at the time, having authored an informative column called ‘Reggae Obsession’ since 1989. He also hosted radio programs in California, performed as a DJ under the moniker Dr. Sapatoo, and produced the largest reggae discography, then book, and now website Roots Knotty Roots (https://www.reggaefever.ch/rkr/), which continues to be updated. Such an experience made him an attentive listener able to grasp the depth of the Maranhense reggae taste. He finds it rather specific, since it excludes from its canon, for example, ska, rocksteady, Studio One productions, dub, 1970s and 1980s DJ tunes, as well as virtually all reggae and dancehall produced after the 1980s (although this is changing as Maranhão youths can access music and information on social media). Otávio Rodrigues is an experienced journalist and broadcaster, writing about reggae in the Brazilian press since the 1970s. He came in touch with Maranhão after being invited to the ‘Brazilian Jamaica’ by journalist and broadcaster Ademar Danilo (whose name in the article is misspelled as Ademar Davila). Rodrigues heeded the call and was so enchanted by São Luís, which he considered a reinterpretation of 1960s and 1970s Jamaica, that he moved to the city for a few years, and has recently returned to settle in its historic center. Such memories give a nostalgic feeling to the text, describing a São Luís that has changed a lot since then, but also open up to an unprecedented study of reggae music produced in Maranhão something that is still needs to be done rigorously. Sometimes considered poorly produced compared to its Jamaican counterpart, the Maranhense reggae of Dub Brown and other singers pleased Turner instead. He was also able to trace the influences of lesser known songs from the likes of the Blues Bells, the Pioneers, and the Upsetters (a studio group produced by Lee ‘Scratch’ Perry that had various formations), among others. The article also brings many other pieces of information and impressions from the authors, in a flavorful text.

Language: English

PT: The Maranhão Version é um artigo de Michael Turner  e Otávio Rodrigues publicado em 2007 na revista norte-americana The Beat, de Los Angeles, especializada em reggae, na música produzida na África, no Brasil e em música negra de todo o mundo, que foi uma importante fonte de aprofundamento no universo do reggae e da música negra para admiradores em todo o planeta. Trata-se uma das primeiras publicações em inglês sobre a cultura reggae no Maranhão, que traz o frescor da descoberta desse fenômeno singular pelos autores. Michael Turner já era na época um contribuidor experiente da The Beat, escrevendo uma informativa coluna na revista chamada “Reggae Obsession” desde 1989. Também apresentava programas de rádio na Califórnia, atacava como DJ com a alcunha de Dr. Sapatoo, além de produzir a maior discografia do reggae, o livro e agora site Roots Knotty Roots (https://www.reggaefever.ch/rkr/), que continua a ser atualizado. A sua experiência de colecionador e organizador dessa discografia o tornou um ouvinte atento que captou a profundidade do gosto musical maranhense para o reggae, mesmo assaz restrito como ele mesmo descreveu, pois exclui de seu cânone, por exemplo, o ska, rocksteady, as produções do Studio One, o dub, as faixas dos DJs dos anos 1970 e 1980, além de praticamente todo o reggae e dancehall produzido após os anos 1980 (embora isso esteja mudando pela facilidade atual com que a juventude regueira do Maranhão tem de acessar música e informação nas redes sociais). Otávio Rodrigues é um experiente jornalista e radialista, escreve sobre reggae na imprensa brasileira desde os anos 1970 e descobriu esse universo após ser convidado a conhecer a “Jamaica Brasileira” pelo jornalista e radialista Ademar Danilo (que tem o nome incorretamente apresentado no artigo como Ademar Davila). Rodrigues atendeu ao chamado e se encantou tanto por São Luís, que ele considerava como uma releitura da Jamaica dos anos 1960 e 1970, que morou na cidade por alguns anos e recentemente voltou a se instalar no seu centro histórico. Tais lembranças dão um ar nostálgico ao texto, descrevendo uma São Luís que mudou muito desde então, mas também se abrem para um inédito esboço de estudo sobre o reggae produzido localmente pelos maranhenses, algo que ainda precisa ser feito com rigor. Apesar da produção rápida e por alguns considerada como pouco inspirada em comparação com o original jamaicano, o reggae maranhense de Dub Brown e outros cantores agradou a Turner, identificando neles as influências de canções pouco conhecidas dos Blues Bells, dos Pioneers e dos Upsetters (grupo de estúdio produzido por Lee “Scratch” Perry que teve várias formações, cujo nome pode ser traduzido livremente como “Os Incovenientes”), entre outros. O artigo ainda traz muitas outras informações e impressões dos autores, em um texto saboroso, mas o melhor é que seja lido na íntegra, o link se encontra abaixo.

Idioma: Inglês

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